Entrevista: Black Wizard

Livin’ Oblivion é o quarto álbum dos Black Wizard, segundo para a Listenable Records e mostra um novo caminho no sentido criativo dos canadianos. Ainda antes de iniciarem a sua tour europeia com os compatriotas Anciients, um dos membros fundadores, o baterista Eugene Parkomenko, falou-nos das mudanças no som da banda e da influência dos anos 60 e 70.

Olá Eugene, como estás? A caminho do quarto álbum que apresenta algumas novidades muito interessantes. Por exemplo, de onde vem aquele feeling thrashy presente em algumas músicas?
Pode ter algo a ver com o facto de Stokes, o nosso guitarrista principal, dormir com os Slayer quando estamos na estrada. Já algum tempo que queríamos fazer algo thrashy, por isso agora incluímos essa vibe quando escrevemos esse último conjunto de músicas.

New Waste, o vosso último álbum foi lançado em 2016. Começaram a trabalhar logo a seguir neste sucessor?
Tínhamos algumas músicas começadas ainda durante a tour de New Waste. Quando regressamos da Europa, completamos o resto. Terminamos a maioria da escrita há cerca de um ano, por isso estamos ansiosos por compartilhar estas canções com todos!

Além disso, depois de New Waste tiveram imensas oportunidades para tocar ao vivo. Isso reflecte-se em Livin 'Oblivion?
Tocar muito ao vivo, definitivamente influenciou o nosso som. Quando tocas as mesmas músicas uma e outra vez, vale a pena fazê-las divertidas para se tocarem.

Podemos afirmar que Livin 'Oblivion é o vosso melhor álbum até agora? Por quê?
Obrigado! É provável que o produto melhore cada vez mais nos nossos instrumentos com o tempo que estamos com eles.

Foi importante a estabilidade proporcionada pela manutenção da mesma formação e da mesma editora?
Absolutamente. Ter os mesmos quatro elementos juntos por muito tempo traz mais conforto criativo. Quanto mais tocamos juntos, melhor conseguimos entender as ideias e as direções uns dos outros. A Listenable também foi ótima e apoiou a nossa criatividade.

Ultimamente têm surgido muitas bandas que são fortemente inspiradas pelo som dos anos 60 e 70. Na tua opinião, e também no vosso caso, isso está relacionado com o quê?
Bem, honestamente, muita música dos anos 60 e 70 é realmente muito boa. Todos nós ouvimos toneladas de música da época. Obviamente, a música que ouves vai influenciar o que escreves. Numa altura em que a tecnologia está constantemente connosco, é refrescante ouvir músicas de uma época em que as pessoas não eram tão distantes.

Podes explicar o significado do artwork, nomeadamente a expressiva pintura da capa?
Pedimos a Eliran Kantor que criasse o artwork e ele fez um trabalho incrível! Demos-lhe uma descrição aproximada do que queríamos e ele captou na perfeição. Existe uma sensação de decadência lenta e de movimento para trás. Depois de termos recebido o artwork brincamos dizendo que, de uma certa forma, cada um de nós poderia ser uma personagem dessa pintura.

Feast Or Famine foi o primeiro single/vídeo retirado deste álbum. Por que escolheram este tema? Têm planos para mais vídeos de Livin 'Oblivion?
Feast Or Famine foi o primeiro vídeo musical que fizemos, por isso queríamos fazer uma coisa simples. É também uma música que está numa nova direção para nós, pelo que foi divertido começar com essa. Atualmente, não temos planos para mais vídeos, mas provavelmente planearemos alguns em breve.

Que outros projetos têm em mente para os próximos tempos?
Por agora, iremos em tournée pela Europa, em março, com os nossos bons amigos Anciients!

Muito obrigado, Eugene. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Se tocarmos na vossa cidade, venham dizer olá! Gostaríamos de vos ver! Estamos quase sempre a tratar de merch e adoramos cerveja gelada!

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